Você já ouviu falar em robótica industrial?
Com a tecnologia cada vez mais avançando e presente no nosso dia a dia, fica claro a mudança de cenário nas suas mais diversas formas: em nossas casas, nas empresas de diferentes setores, na nossa forma comportamental (como agimos ou consumimos algo, por exemplo) e no nosso lazer.
No campo industrial isso não foi diferente, muito pelo contrário: milhares de indústrias foram beneficiadas com aparelhos, dispositivos e ferramentas de alta tecnologia, combinando informação, comunicação e automação de primeira geração que invadem espaços que antes eram dominados somente por humanos.
O que antes enxergamos como algo impossível ou além, agora é real. Porém, você sabia que a chamada robótica industrial surgiu em meados da década de 1950? Isso quer dizer, que desde esta época os robôs têm sido uma realidade, passando obviamente por desenvolvimento até desencadear a automação industrial.
Foi por meio desta automação industrial que os robôs ganharam seu espaço, realizando atividades cada vez mais complexas, com muita precisão e maior economia. Ou seja, ao relacionarmos os termos da indústria 4.0, a robótica industrial é algo cada vez mais viável para todos nós, especialmente para as empresas.
Aliás, o Índice de Automação do Mercado Brasileiro constatou em seu levantamento que o nível de automação nas empresas aumentou 4% de 2018 para 2019. O estudo é realizado pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil com apoio da empresa de pesquisas GfK.
Tudo indica que veremos uma crescente evolução deste mercado com o passar do tempo. Por isso, entender como ele funciona e saber suas vantagens e desvantagens faz toda a diferença.
Neste conteúdo abordaremos tudo que você precisa saber sobre robótica industrial e suas aplicações, além de como se tornar um profissional da área. Acompanhe!
O que é a robótica industrial?

A robótica industrial se trata, portanto, do uso de robôs para desempenhar tarefas no chão de fábricas. Isso, por sua vez, tem uma grande representatividade no quesito carreira em tecnologia, sendo seu estudo cada vez mais almejado por estudantes.
Isso porque, é algo que tem crescido consideravelmente no mercado e as companhias enxergam essa automação como uma estratégia – o que realmente é!
Afinal, como reflexo da evolução tecnológica e o avanço de novas tecnologias, a indústria, através da automação, consegue otimizar processos que demorariam horas para serem feitos, assim reduz os desperdícios e riscos por falha humana, por exemplo. Além disso, é capaz de estruturar o funcionamento ininterrupto com uma maior facilidade.
Para que serve a robótica industrial?

Dentro de um ambiente industrial cada vez mais aderente ao 4.0, a robótica industrial se mostra de diferentes formas, sendo suas principais funcionalidades:
- Montagem robótica – podemos dizer que esta é a aplicação mais comum dos robôs na indústria, especialmente para complementar a atividade de um colaborador (especialmente nas tarefas repetitivas). Gerando maior precisão, menos erros e mais produtividade.
- Robô colaborativo – Por maior que seja a evolução, os humanos ainda são indispensáveis em determinadas tarefas (que bom, não é mesmo?). Sendo assim, o robô colaborativo pode ajudar o humano, pois ele pode interagir fisicamente com pessoas de maneira mais segura.
- Transferências de itens – Existem robôs que são programados para fazer a transferências de materiais, peças e produtos ao longo da linha de produção de uma fábrica. Tal conceito vem sendo aprimorado e podemos chamar de Logística 4.0. Neste cenário, robôs industriais substituem completamente a atividade de humanos na realização de tarefas perigosas ou exaustivas.
- Tarefas de corte – Os robôs são capazes de seguir com precisão as instruções que são pré-programadas. Por esta razão, são ideais em tarefas de corte de materiais, por exemplo. Com pressão e velocidade controlada, o robô consegue aparar, cortar ou polir superfícies de maneira uniforme.
- Tarefas de soldagem – esta é uma das primeiras atividades feitas por robôs. Isso porque, em processo de soldagem eles são mais eficientes, pois são projetados para manter um padrão ao posicionar a tocha de soldagem em todos os ciclos. Fora isso, seu alto grau de repetibilidade garante que cada peça seja soldada com precisão e qualidade.
O que se estuda na robótica em geral?

Se você gostou de saber mais sobre as funcionalidades da robótica e se interessou pela área, saiba que para trabalhar com isso é necessário ter uma formação em Engenharia Elétrica ou Eletrônica, com ênfase em mecatrônica e automação industrial. Isso, tradicionalmente falando.
Pois, atualmente, já podem ser encontradas em diferentes universidades cursos voltados para e Engenharia de Robôs, que são formações mais específicas para quem deseja atuar na área da robótica.
Ademais, a robótica trata-se de um ramo que atua dentro das áreas relacionadas à criatividade da inovação, a exemplo as de automação industrial, robótica residencial e ainda nas construções de de protótipos com impressoras 3D, auxiliando trabalhos que exigem criação de objetos.
Dentre as disciplinas estudadas por quem quer atuar com robótica destacam-se:
- Os fundamentos da Ciência da Programação,
- Engenharia de Software;
- Programação;
- Cloud Computing;
- Big Data;
- Gestão de Projetos;
- Inteligência Artificial;
- Machine Learning;
- Data Science.
– Onde a robótica é mais utilizada?
Os robôs industriais são usados, especialmente, em atividades repetitivas, que exigem uma maior precisão e também em locais que gerem risco iminente aos seres humanos. Isso porque, estes robôs são capazes de desempenhar múltiplas tarefas com maior rapidez, precisão e facilidade que um colaborador.
Considerando todos estes aspectos positivos, tal tecnologia ganhou espaço em linhas de montagem, mas já se expandiu. Hoje é usada em setores de distribuição, de carregamento e organização e armazenamento de estoques, por exemplo.
E foi além da indústria para chegar até os campos. O agronegócio tem elevado cada vez mais o uso de tecnologias e a automação foi uma das que chamou a atenção. Fazendeiros têm substituído funcionários por máquinas para embalar legumes e verduras em caixas para transporte, por exemplo. Contudo, o profissional capacitado ainda é disputado.
– Qual a importância da robótica para a sociedade?

Como já pudemos ver ao longo deste texto, são muitas as vantagens da robótica, mas destacamos aqui que ela é válida não somente para quem produz, mas para quem consome.
Podemos dizer que os robôs, por serem capazes de substituir humanos em determinadas atividades, especialmente as mais perigosas e repetitivas. Traz, além de inovação e novas tecnologias, mas também:
- Empreendedorismo;
- Economia de tempo;
- Redução de riscos;
- Novas oportunidades de trabalho;
- Avanços para os mais diversos setores.
Também podemos citar os benefícios e conhecimentos que a robótica desperta nas áreas que mais a utilizam nos dias atuais, tais como as que envolvem os sistemas de automação empresariais, domésticos e na medicina.
– Quais são as três leis da robótica?
As três leis da robótica surgiu por meio do escritor norte-americano, nascido na Rússia,
Isaac Asimov (1920-1992), considerado um dos mais importantes escritores de ficção científica do século XX.
Ao longo dos mais de 52 anos de carreira, Asimov publicou mais de 500 livros e contos. Entre os mais famosos, temos: “Eu, Robô” e “Manual de Robótica, 56 Edição, 2058 d.C.”.
A ideia dele era permitir o controle e limitar o comportamento dos robôs que trazia à existência em suas obras. As três leis impostas por Asimov nos “cérebros positrônicos” dos robôs em seus livros são:
- 1ª Lei: “um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal”.
- 2ª Lei: “um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que entrem em conflito com a Primeira Lei”.
- 3ª Lei: “um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis”.
Pouco tempo depois, o escritor também acrescentou o que chamou de “Lei Zero”, que vem acima de todas as três citadas: “um robô não pode causar mal à humanidade ou, por omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal”.
Quais são as vantagens e desvantagens da robótica industrial?

Considerando as muitas possibilidades para se usar a robótica industrial, é evidente que ela nos apresenta muitas vantagens, mas também desvantagens a depender do caso – pois tudo tem dois lados, não é mesmo? Então vejamos quais as vantagens e desvantagens de optar pela robótica na indústria!
– Vantagens
- Maior produtividade dentro de uma fábrica – isso porque os robôs são capazes de fazer tarefas mais perigosas e repetitivas com constância e sem interrupções;
- Melhor qualidade – pois os robôs conseguem garantir um padrão, com a mesma força e intensidade em todas as repetições;
- Execução de tarefas de manufatura com maior precisão;
- Reduz custos diretos e indiretos e ainda os refugos ou perdas em geral;
- Gera menores perdas de produtos acabados em decorrência da imperícia e/ou oscilações no fluxo produtivo;
- Garante uma maior competitividade para a indústria.
– Desvantagens
- Pode custar um grande investimento inicial, o que dependendo da situação atual da empresa pode não ser algo tão vantajoso no momento. Isso, considerando ainda os custos com manutenção;
- Optar por robôs pode não garantir resultados sem antes um plano de produção ser incorporado. Avalie bem antes de fazer esta escolha;
- Gasto com treinamento dos operários que irão manusear e programar os robôs, o que pode acarretar em maiores custos e precisará de tempo para ocorrer;
- A recuperação de dados pode não ser tão fácil, visto que os robôs são capazes de armazenar mais informações que um cérebro humano. Então, é importante está atento a esta questão;
- Treinamento de funcionários para desempenharem outras funções, em caso dos robôs substituírem suas tarefas também pode gerar mais custos para a empresa e tempo gasto.
Tipos de robô que atuam na indústria

Agora que já entendemos melhor como funciona a robótica industrial, o que ela estuda, suas três leis e suas vantagens e desvantagens.
Fica claro que, ao optar por um robô para substituir ou complementar um humano em determinada tarefa, há um aumento considerável na produtividade e uma redução dos riscos no ambiente industrial e, consequentemente, de acidentes de trabalho.
Já vimos que além dos robôs tradicionais, temos aquele colaborativo que auxilia o humano em sua tarefa, sendo capaz de gerar interação. Mas, afinal, quais os outros tipos de robôs que atuam na indústria? É o que veremos a seguir!
– Robô servo
O robô servo possui mais movimento e é o mais flexível, pois seus apêndices robóticos funcionam como braços e mãos – o que lhe permite fazer diferentes funções.
– Robô não servo
O robô não servo é utilizado, em especial, para o carregamento e descarregamento. Isso porque, ele costuma pegar objetos de um lugar e os transportá-los para outros.
– Robô programável
O robô programável é muito usado em tarefas repetitivas, pois armazena comando em um banco de dados que o permite fazer estas repetições em um determinado número de vezes.
– Robô programável por computador
Os robôs programáveis por computador são os que podem ser controlados de forma remota, por meio do computador.
O que faz o robotista e como é sua atuação na robótica industrial?

O robotista é o profissional que faz a programação dos robôs, além de cuidar da manutenção e do desenvolvimento de novas habilidades voltadas à produção de softwares e sistemas de automação. Por isso, ele vem sendo chamado de “O Maestro da Indústria 4.0”.
Também é parte da função de um robotista a de acompanhar os processos e a qualidade das funções desempenhadas pelos robôs, para que seja garantida a segurança destas operações, atendendo demandas com alto grau de exatidão e eficiência.
Não é à toa que estamos falando de uma profissão que tem ganhado cada vez mais força no mercado. Porém, é preciso não só conhecer a programação, afinal, o robotista precisa tirar do papel e botar em prática tudo que lhe é esperado, mas ter habilidades com números e cálculos, física – pois precisará trazer soluções relacionadas a estes pontos.
O profissional que atua com robótica também precisa ter interesse e ser curioso com relação às novas tecnologias que surgem no mercado, especialmente as tendências da sua área. Isso porque, ele trabalhará com tecnologia diariamente, considerando que é com a programação robótica que a automação acontece.
– Formação necessária para atuar na robótica industrial
Por aqui já citamos algumas das formações necessárias para atuar na área de robótica, tais como a formação em Engenharia Elétrica ou Eletrônica, com ênfase em mecatrônica e automação industrial. Porém, Engenharia da Computação ou Ciência da Computação também é um bom início.
É importante sempre buscar conhecimento contínuo nesta área, por sempre estar em evolução. Por isso, recomendamos uma pós-graduação em Engenharia Robótica, por exemplo. Ou outros cursos complementares capazes de lhe dar os conhecimentos necessários para atuação na área.
Um curso técnico em mecatrônica ou relacionado com telecomunicações também é uma boa base para quem busca conhecimento na área de robótica. O que importa é sempre estar atento ao que o mercado vem pedindo e se antenar com relação às novidades.
Exemplos de aplicação prática da robótica industrial
Como levantamos ao longo do conteúdo, na prática a robótica industrial tem muitas aplicações, sendo seu uso vantajoso de diferentes maneiras.
Por exemplo, nos mais diversos setores, a robótica industrial é aplicada no transporte de pallets e no armazenamento de produtos com grande facilidade.
Já especificamente na indústria automotiva, podemos ver os robôs movendo portas e fazendo o encaixe no chassi. No quesito controle de qualidade, são feitos testes e inspeções repetidas vezes como forma de garantir a qualidade dos produtos.
Conclusão
No decorrer deste conteúdo entendemos que a robótica industrial se trata do uso de robôs para desempenhar tarefas no chão de fábricas. Isso, por sua vez, tem uma grande representatividade no quesito carreira em tecnologia, sendo seu estudo cada vez mais almejado por estudantes.
Aliás, falamos do robotista, o profissional que faz a programação dos robôs, além de cuidar da manutenção e do desenvolvimento de novas habilidades voltadas à produção de softwares e sistemas de automação. Por isso, ele vem sendo chamado de “O Maestro da Indústria 4.0”.
Vimos grandes vantagens como redução de riscos no ambiente de trabalho industrial, de custos, maior produtividade e precisão em tarefas repetitivas, entre outras.
Porém, não deixamos de ressaltar as desvantagens que podem ou não atrapalhar os seus planos, dependendo da situação atual da sua empresa. Sendo a principal desvantagem para alguns o alto custo inicial deste investimento.
Contudo, falamos das muitas alternativas deste mercado abrangente e que vem crescendo cada vez mais não só na indústria, como na medicina, no agronegócio e em outros setores que enxergaram a competitividade que traz estas novas tecnologias.
Citamos aqui os diferentes robôs industriais que temos no mercado: o robô servo e não servo, o robô programável e o programável por computador, além daquele que chamamos de “robô colaborativo” que é capaz de interagir com humanos e os auxiliar em tarefas do dia a dia.
Com o uso destes robôs, fica claro o quanto a redução dos acidentes de trabalho podem ser significativos.
Nós da Engenharia Adequada enxergamos este benefício, visto que priorizamos a saúde e integridade dos funcionários nas empresas. Elaborando conteúdos relacionados com este tema e que trazem conhecimentos diversos para os indivíduos que atuam no ambiente industrial.
Você pode conferir estes conteúdos em nosso blog e ainda em nossas redes sociais.
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