Análise preliminar de risco (APR): o que é e suas 5 etapas

Antes de iniciar qualquer tipo de atividade dentro de uma empresa é necessário realizar uma análise preliminar de risco (APR).

Esta análise consiste em um estudo inicial com o objetivo de identificar os riscos presentes naquela atividade, bem como suas medidas de controle.

Afinal, existem ambientes de trabalho que oferecem mais riscos aos funcionários, seja pela função exercida ou até mesmo pelo ambiente de trabalho.

Desse modo, uma das ferramentas desenvolvidas pela segurança do trabalho que visa evitar que algum acidente ocorra e o colaborador seja lesionado á a análise preliminar de riscos.

Nesse sentido, o objeto da análise preliminar de riscos pode analisar todos os perigos e eventos perigosos ou indesejáveis em uma área, sistema, procedimento, projeto ou atividade.

Além disso, o uso da análise preliminar de riscos ajuda a selecionar as áreas da instalação nas quais outras técnicas mais detalhadas de análise de riscos ou de contabilidade devam ser usadas posteriormente.

O que é análise preliminar de riscos (APR)?

A princípio, uma análise preliminar de risco é uma avaliação do nível do risco qualitativo e quantitativo envolvido em uma situação claramente definida que envolve um risco potencial.

Desse modo, a análise preliminar de risco deve ser realizada antes do início da atividade, a fim de especificar todas as áreas que oferecem perigos ao colaborador e colocar em prática um plano para enfrentar quaisquer desafios que possam surgir.

Uma análise preliminar de risco envolverá sobretudo uma análise de todas as variáveis técnicas, operacionais, administrativas, físicas e de pessoal que afetam a situação.

Os principais objetivos da análise preliminar de risco são:

• Identificar os riscos da atividade;
• Orientar os colaboradores dos riscos existentes em suas atividades no trabalho;
• Organizar a execução da atividade;
• Estabelecer procedimentos seguros;
• Trabalhar de maneira planejada e segura;
• Prevenir os acidentes de trabalho;
• Sensibilizar e instruir os trabalhadores sobre os riscos envolvidos na execução do trabalho.

Quais são as Normas Regulamentadoras que preveem a elaboração do estudo de APR?

A necessidade da APR está prevista em diversas Normas Regulamentadoras, entre elas:

• NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos;
• NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;
• NR 20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis;
• NR 33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados;
• NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval;
• NR 35 – Trabalho em Altura;
• NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados.

Qual a diferença entre PT e APR?

A Permissão de Trabalho (PT) ou Permissão para Trabalho – PPT permite que o colaborador trabalhe em áreas de risco por um determinado tempo. Desse modo, a empresa se certifica que somente os trabalhadores necessários no desempenho da atividade estejam na área de risco.

Nesse sentido, tanto a APR quanto a PT são formulários relativos à segurança do trabalho.

Entretanto, a grande diferença é que enquanto a APR visa levantar os riscos da atividade, a PT visa controlar o trabalho em área de risco. Permitindo acesso apenas para pessoas autorizadas e por tempo determinado.

Qual o objetivo da análise preliminar de riscos?

Os objetivos da Análise Preliminar de Riscos são:

• A antecipação de problemas de todas as atividades exercidas o risco no local de trabalho;
• Orientar todos os colaboradores acerca dos riscos a que estão submetidos e dos procedimentos de segurança adotados pela instituição;
• Desenvolver e estabelecer processos dentro da empresa que busquem mais segurança, ou seja, a sistematização e a organização das etapas das atividades laborais;
• Organizar e criar uma espécie de sistema para todas as tarefas que precisam ser realizadas;
• Planejamento geral, contando com cada parte do processo;
• Prevenir todos os acidentes, sejam eles causados por falha humana ou mecânica
• Definir os responsáveis pelas ações de segurança;
• Eliminar ou reduzir as falhas mecânicas e humanas.

Onde se realiza a APR?

O principal objetivo da APR é identificar os riscos existentes no ambiente de trabalho e estabelecer quais ações devem ser adotadas para a correção desses riscos. Além disso, a APR é importante porque ela objetiva também:

• organizar a execução das atividades;
• antecipar problemas futuros;
• orientar os colaboradores acerca dos riscos e medidas de segurança;
• criar métodos para redução de danos, nos casos da ocorrência de acidentes.

Cabe ressaltar, ainda, que a APR auxilia na elaboração de diversos programas de segurança, tais como o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), bem como na identificação de quais equipamentos de proteção individual devem ser utilizados pelos colaboradores.

Quando se deve fazer a análise preliminar de riscos?

Em resumo, a Análise Preliminar de Riscos deve ser elaborada antes de iniciar a execução de tarefa ou atividade, pois esta serve para planejar o que precisa ser feito antes e durante os trabalhos.

Desse modo, antes de iniciar com a tarefa deve-se coletar algumas informações que são determinantes para elaborar uma Análise Preliminar de Riscos bem detalhada e eficiente. Entre elas:

• dados demográficos;
• dados climatológicos;
• instalações;
• premissas de projeto;
• especificações técnicas de projeto;
• especificações de equipamentos;
• layout da instalação;
• descrição dos principais sistemas de proteção e segurança;
• substâncias;
• propriedades físicas e químicas;
• características de inflamabilidade;
• características de toxicidade.

Feito isso para cada um dos riscos, são detalhadas quais são as potenciais causas, os efeitos que podem ser gerados, bem como a gravidade de cada uma delas.

Também são elaboradas algumas medidas corretivas ou preventivas para evitar acidentes na empresa e proteger a saúde e segurança dos funcionários.

Importância da análise preliminar de risco para a segurança do trabalho

A análise preliminar de risco (APR) é de extrema importância para a segurança do trabalho por diversas razões:

1. Prevenção de Acidentes: A APR identifica potenciais perigos e riscos antes que uma atividade seja realizada, permitindo que medidas de controle sejam implementadas para prevenir acidentes e incidentes no local de trabalho.
2. Proteção dos Trabalhadores: Ao identificar e avaliar os riscos associados a uma atividade, a APR ajuda a proteger a saúde e a segurança dos trabalhadores, garantindo que eles estejam cientes dos perigos envolvidos e equipados com as medidas de proteção adequadas.
3. Redução de Custos: A prevenção de acidentes por meio da APR pode ajudar a reduzir custos associados a lesões, danos materiais e interrupções no trabalho. Investir em segurança no trabalho pode, a longo prazo, economizar recursos financeiros da empresa.
4. Conformidade com a Legislação: Em muitos países, a realização de análises de risco é um requisito legal para garantir a conformidade com as normas de segurança no trabalho. Portanto, a APR ajuda as empresas a cumprir suas obrigações legais e regulatórias.
5. Melhoria Contínua: A APR não é apenas um processo único, mas sim um processo contínuo e iterativo. Ao monitorar e revisar constantemente as análises de risco, as empresas podem identificar áreas de melhoria na segurança do trabalho e implementar medidas adicionais para garantir um ambiente de trabalho cada vez mais seguro.

Em resumo, a análise preliminar de risco é essencial para promover um ambiente de trabalho seguro, proteger os trabalhadores e os ativos da empresa, além de cumprir as regulamentações de segurança.

– Prevenir é sempre melhor do que lidar com acidentes de trabalho

Prevenir acidentes de trabalho é sempre preferível a lidar com as consequências devastadoras que podem resultar deles. Aqui estão algumas razões pelas quais a prevenção é fundamental:

1. Proteção dos Trabalhadores: A prevenção de acidentes de trabalho é fundamental para proteger a saúde, a segurança e o bem-estar dos trabalhadores. Evitar lesões e doenças ocupacionais é essencial para garantir que os trabalhadores possam realizar suas tarefas de forma segura e sem riscos desnecessários.
2. Impacto Humano: Os acidentes de trabalho podem ter consequências graves e até fatais para os trabalhadores envolvidos, suas famílias e colegas de trabalho. A prevenção ajuda a evitar essas tragédias, preservando vidas e minimizando o sofrimento humano.
3. Impacto Financeiro: Os acidentes de trabalho podem resultar em custos significativos para as empresas, incluindo despesas médicas, compensações trabalhistas, danos materiais, perda de produtividade e custos legais. Prevenir acidentes é mais econômico a longo prazo do que lidar com as consequências financeiras e jurídicas dos acidentes.
4. Reputação da Empresa: Acidentes de trabalho podem afetar negativamente a reputação da empresa, tanto entre os funcionários quanto no mercado em geral. Uma cultura de segurança e prevenção demonstra um compromisso com o bem-estar dos trabalhadores e pode melhorar a imagem e a credibilidade da empresa.
5. Conformidade Legal: As empresas são obrigadas a cumprir as regulamentações de segurança no trabalho estabelecidas pelas autoridades competentes. A prevenção de acidentes é essencial para garantir a conformidade legal e evitar multas e sanções.

Investir em medidas preventivas, como treinamento de segurança, avaliações de risco, manutenção adequada de equipamentos e promoção de uma cultura de segurança, é fundamental para evitar acidentes de trabalho e proteger tanto os trabalhadores quanto os interesses da empresa.

Quem deve fazer a análise preliminar de riscos?

Apesar de não existir um modelo predefinido de APR para todas as atividades, é imprescindível que o profissional responsável pela elaboração do estudo observe algumas etapas.

Por isso, a Análise Preliminar de Riscos deve ser elaborada por um engenheiro ou técnico de segurança do trabalho.

Esse profissional deverá contar com o auxílio de todos os colaboradores envolvidos na atividade foco do estudo, sobretudo para que nenhuma informação relevante acerca do ambiente de trabalho e seus riscos seja ignorada.

Para fazer a APR, o profissional deve observar algumas etapas. Dentre elas, podemos citar:

• obtenção de informações acerca da atividade e ambiente de trabalho;
• identificação de perigos;
• identificação e listagem dos riscos;
• identificação das causas de acidentes e eventuais vulnerabilidades;
• identificação dos trabalhadores e terceiros expostos aos riscos;
• estimativa dos efeitos da concretização do perigo;
• classificação dos riscos;
• identificação e implementação de medidas para controle dos riscos.

Quem é responsável pela elaboração da APR?

O supervisor responsável pelo setor deve conduzir a elaboração da APR. Preferencialmente, com o auxílio de engenheiros e técnicos da equipe de SESMT, já que o documento precisa de informações com grande detalhamento técnico.

A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) também pode participar na orientação e identificação de algumas ameaças à saúde e segurança do trabalhador.

Contudo, a Análise Preliminar de Riscos deve ser elaborada e assinada por um engenheiro ou técnico de segurança do trabalho.

Entretanto, vale ressaltar que ainda é fundamental a participação de outros colaboradores da empresa (como gestores e trabalhadores) na composição da equipe de Análise Preliminar de Risco.

Afinal, durante o seu desenvolvimento, quanto mais pessoas participarem melhor é o resultado, pois os níveis de percepção variam de pessoa para pessoa, e é de suma importância que todos os envolvidos na execução da atividade tenham conhecimento dos riscos existentes na tarefa.

O que é preciso fazer antes de começar uma APR?

Antes de começar a fazer a Análise Preliminar de Riscos o profissional precisa conhecer mais sobre a área de trabalho, sobre a equipe responsável por executar o projeto e sobre as atividades que serão realizadas.

Antes de começar a fazer a Análise Preliminar de Riscos é preciso conhecer um pouco mais a área de trabalho do qual a equipe irá atuar e quais serão as atividades que serão executadas.

Além disso, antes do início de um projeto ou da implementação de um sistema, avaliar os riscos existentes pode ser um grande desafio.

Por isso, uma ARP é um primeiro passo nestas situações, pois define o potencial para grandes riscos antes mesmo da atividade começar, e antes que grandes decisões sejam tomadas.

Desse modo, antes de começar uma APR é importante:

• Pensar na tarefa: É importante quebrar a tarefa em etapas e analisar cada etapa;
• Identificar os riscos: Em cada uma das etapas da tarefa selecionada busque identificar os possíveis riscos. Por exemplo, e se isso acontecer?
• Avaliar os riscos: Qual a probabilidade de acontecer? Qual a consequência se acontecer?
• Implementar o controle: Controlar os riscos e comunicar as alternativas de controle.
• Fazer o serviço com segurança: Orientar os colaboradores envolvidos na tarefa sobre todos os riscos nos quais eles estão expostos para que assim eles trabalhem com segurança.

Quais são as 5 etapas de uma APR?

Definição do que será analisado

O primeiro passo a ser feito é identificar qual o trabalho a ser analisado. Afinal, cada atividade possui seus perigos e riscos, então, é necessário que haja uma especificidade sobre a atividade analisada.

Por isso, opte por criar a APR para tarefas nessa ordem:

• Maiores índices de ocorrência;
• Maior potencial de causar lesão ou doenças;
• Novos processos implementados;
• Procedimentos operacionais que precisam de instruções escritas e específicas.

Sendo assim, é preciso conversar com os funcionários e coletar todos os dados necessários para que não restem quaisquer dúvidas sobre as atividades e, assim, seja possível elaborar um plano de ação para conter os riscos.

Apesar de a opinião dos colaboradores ser muito importante, é indispensável que o profissional responsável pela APR visite o local de trabalho.

Na ocasião, ele deve observar não só o ambiente, mas a forma como os trabalhadores realizam suas atividades para identificar eventuais falhas e os riscos existentes.

Segmentação de atividades

Aqui, avalia-se quais são as macro e micro etapas envolvidas na execução de uma determinada função.

Qualquer trabalho a ser realizado é composto por várias tarefas: um simples trabalho de movimentar uma carga manual de um lado para o outro, é composto por no mínimo 5 a 6 diferentes tarefas:

Com essa estratégia, a sua análise se torna ainda mais eficiente, porque trás um estudo completo de cada tarefa realizada.

Identificação dos riscos

Depois de conversar com os trabalhadores e visitar o local em que as atividades são realizadas, o profissional de segurança do trabalho precisa listar e classificar todos os riscos existentes no ambiente.

Além disso, devem ser identificadas as causas de acidentes e os fatores de vulnerabilidade. Por exemplo, vamos supor que um profissional corre o risco de sofrer uma queda ao utilizar determinado equipamento. Algumas perguntas que devem ser feitas são:

• É o equipamento em si que pode causar esse dano ou a forma com que ele é utilizado?
• Quais as probabilidades de o problema ocorrer?
• É possível prever a gravidade da queda, caso nenhuma medida seja adotada?

Planejamento de medidas preventivas

A partir dos riscos identificados e do histórico de acidentes, os profissionais de segurança traçam medidas para prevenir e controlar as situações de risco.

O objetivo é identificar os agentes causadores e trabalhar continuamente para mitigar os danos.

Nesta etapa, é essencial delimitar regras, normas e boas práticas, de forma a garantir a segurança dos colaboradores.

Tudo isso deve ficar registrado em um documento oficial, assinado pelos envolvidos e de conhecimento da empresa.

Como medidas preventivas, pode-se optar por:

• Eliminar o risco – Alguns riscos podem ser completamente eliminados e essa deve ser a primeira alternativa depois da identificação do risco.
• Substituir o risco – Quando o risco não pode ser eliminado, ele deve ser substituído por um que ofereça um risco menor. Um risco pode ser substituído através de alguma adaptação feita no equipamento de modo que mude a forma do colaborador realizar aquela tarefa.
• Controles de Engenharia – Alguns riscos podem ser controlados através de seu isolamento. Por exemplo, um equipamento apresenta um risco aos trabalhadores que passam no local, para controlar esse risco o equipamento é isolado através de uma proteção. Desse modo, o colaborador não pode chegar perto do equipamento.
• Uso de EPI e EPC – Os equipamentos de proteção individual e coletivos são muito importantes no ambiente de trabalho. Pois, eles conseguem minimizar os impactos dos perigos no trabalhador. Por exemplo, o uso de protetores auriculares minimizam o impacto de ruídos altos ou constantes.
• Medidas administrativas – Possui resultado no curto prazo, porém, muitas vezes é ineficaz no longo prazo, uma vez que a nova forma de realizar a atividade pode ser mais devagar e/ou mais caro, prejudicando assim a produtividade e os resultados financeiros da companhia;

Elaboração do documento final e divulgação

Por fim, depois da elaboração da Análise Preliminar de Riscos, a empresa deve registrar todas as informações para facilitar consultas posteriores das pessoas que estão expostas aos perigos identificados.

Essa documentação precisa ter uma cópia em um local de fácil acesso, e deve ter um texto de fácil compreensão para todos que terão acesso.

Além disso, a Análise Preliminar de Riscos deve ser atualizada sempre que houver uma mudança na forma de executar uma atividade, melhoria em algum equipamento ou máquina, ou mesmo remoção de uma parte do processo.

O que deve constar na APR?

Uma Análise Preliminar de Risco (APR) deve conter uma série de informações essenciais para garantir uma avaliação completa e precisa dos perigos e riscos associados a uma atividade específica. Aqui estão os principais elementos que geralmente são incluídos em uma APR:

1. Identificação da Atividade: Descrição detalhada da atividade a ser realizada, incluindo sua natureza, objetivo e local de execução.
2. Identificação dos Perigos: Lista de todos os perigos potenciais relacionados à atividade, incluindo condições ambientais, equipamentos, materiais, ferramentas e procedimentos envolvidos.
3. Avaliação dos Riscos: Avaliação da probabilidade de ocorrência e do potencial impacto negativo de cada perigo identificado. Isso pode envolver a utilização de uma matriz de avaliação de risco para classificar os riscos de acordo com sua gravidade.
4. Medidas de Controle: Proposição de medidas de controle específicas para mitigar ou eliminar os perigos identificados. Isso pode incluir o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), modificações nos procedimentos de trabalho, treinamento dos trabalhadores e outras ações preventivas.
5. Responsabilidades: Definição clara das responsabilidades dos diferentes envolvidos na atividade, incluindo os trabalhadores, supervisores, gestores de segurança e outros colaboradores relevantes.
6. Procedimentos de Emergência: Descrição dos procedimentos a serem seguidos em caso de emergência ou acidente durante a execução da atividade, incluindo ações de primeiros socorros, evacuação e notificação de autoridades competentes.
7. Data e Assinaturas: Data de elaboração da APR e assinaturas dos responsáveis pela sua elaboração, revisão e aprovação. Isso ajuda a documentar a conformidade com os requisitos legais e regulatórios e a responsabilidade das partes envolvidas.

É importante que a APR seja elaborada de forma clara, concisa e acessível a todos os trabalhadores envolvidos na atividade, garantindo que eles compreendam os riscos associados e as medidas de controle necessárias para garantir sua segurança.

Medidas práticas que a empresa pode adotar para prevenir acidentes e doenças ocupacionais

Existem várias medidas práticas que uma empresa pode adotar para prevenir acidentes e doenças ocupacionais. Aqui estão algumas delas:

1. Implementação de Programas de Treinamento em Segurança: Fornecer treinamento regular e abrangente em segurança para todos os funcionários, incluindo informações sobre os riscos específicos associados às suas tarefas, procedimentos de segurança, uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs) e medidas de prevenção de acidentes.
2. Identificação e Controle de Perigos: Realizar avaliações regulares de risco em todas as áreas de trabalho para identificar e avaliar os perigos potenciais. Implementar medidas de controle adequadas para minimizar ou eliminar os riscos, como modificações nos processos de trabalho, instalação de proteções em máquinas e equipamentos, e uso de substâncias menos perigosas.
3. Manutenção Preventiva: Estabelecer um programa de manutenção preventiva para garantir que máquinas, equipamentos e instalações estejam em boas condições de funcionamento. Manter registros de manutenção e inspeção para identificar e corrigir quaisquer problemas antes que se tornem uma fonte de risco.
4. Promoção de uma Cultura de Segurança: Incentivar uma cultura de segurança no local de trabalho, onde os funcionários se sintam incentivados a relatar incidentes, preocupações com segurança e sugestões de melhoria. Reconhecer e recompensar comportamentos seguros e participação ativa na promoção da segurança.
5. Gerenciamento de Estresse e Fadiga: Implementar políticas e práticas que ajudem a gerenciar o estresse e a fadiga dos funcionários, como horários de trabalho flexíveis, pausas regulares, programas de bem-estar e apoio psicológico.
6. Investigação de Incidentes: Realizar investigações detalhadas de todos os incidentes, incluindo acidentes menores, para identificar as causas subjacentes e implementar medidas corretivas para evitar recorrências.
7. Monitoramento da Saúde Ocupacional: Oferecer exames médicos regulares aos funcionários para detectar precocemente possíveis problemas de saúde relacionados ao trabalho. Implementar programas de vigilância médica específicos para trabalhadores expostos a substâncias químicas, poeiras, ruído e outros agentes nocivos.
8. Participação dos Funcionários: Envolver os funcionários na identificação de riscos, desenvolvimento de medidas de controle e revisão das políticas de segurança. Criar comitês de segurança ou grupos de trabalho que representem diferentes áreas e níveis hierárquicos da empresa.

Essas medidas práticas ajudam a criar um ambiente de trabalho mais seguro e saudável, reduzindo os riscos de acidentes e doenças ocupacionais e promovendo o bem-estar dos funcionários.

Periodicidade da análise preliminar para a identificação de novos riscos

A periodicidade da análise preliminar para a identificação de novos riscos pode variar dependendo da natureza da atividade, do ambiente de trabalho e das regulamentações aplicáveis. No entanto, algumas diretrizes gerais podem ajudar a determinar a frequência adequada para revisar e atualizar a análise preliminar de risco (APR):

1. Rotina Estabelecida: É recomendável realizar uma revisão da APR regularmente como parte das práticas de gestão de segurança da empresa. Isso pode incluir revisões anuais ou semestrais para garantir que a análise esteja atualizada e reflita quaisquer mudanças nas condições de trabalho ou nos procedimentos operacionais.
2. Mudanças Significativas: Qualquer mudança significativa nas operações da empresa, como a introdução de novos equipamentos, processos de trabalho, produtos ou tecnologias, deve desencadear uma revisão imediata da APR para identificar e avaliar quaisquer novos riscos associados.
3. Incidentes ou Acidentes: Qualquer incidente ou acidente ocorrido no local de trabalho deve ser investigado detalhadamente para identificar suas causas subjacentes e determinar se a APR existente precisa ser atualizada para prevenir recorrências.
4. Feedback dos Trabalhadores: Os trabalhadores devem ser incentivados a relatar quaisquer preocupações com segurança ou sugestões de melhoria que identifiquem durante suas atividades diárias. Esses feedbacks podem servir como gatilhos para revisões adicionais da APR, conforme necessário.
5. Revisões Programadas: Além das revisões regulares, é importante programar revisões adicionais da APR sempre que ocorrerem mudanças significativas nas regulamentações de segurança ou nas melhores práticas da indústria que possam afetar as operações da empresa.

Em resumo, a periodicidade da análise preliminar para a identificação de novos riscos deve ser determinada com base em uma combinação de fatores, incluindo as características específicas do local de trabalho, as práticas de gestão de segurança da empresa e quaisquer requisitos legais ou regulatórios aplicáveis.

O objetivo é garantir que a análise de risco permaneça relevante e eficaz na identificação e mitigação de perigos potenciais.

Quais os benefícios da análise preliminar de riscos para a empresa?

• Revisão de ameaças

Em primeiro lugar, é muito mais interessante para o empregador identificar e determinar todos os riscos referentes às atividades laborativas no local de trabalho do que ignorar os problemas e ser surpreendido.

Sendo assim, a Análise Preliminar de Riscos avalia a similaridade com outros sistemas na empresa e possibilita, assim, a determinação de quais são os problemas e desafios que podem ocorrer no ambiente que está sendo avaliado.

• Antecipação de possíveis problemas futuros

Além de identificar riscos em potencial, a ferramenta ajuda a prevenir danos aos equipamentos, perda de materiais e paralisação das atividades, entre outros. Evitando, assim, gastos com manutenção ou trabalho excedente, por exemplo.

• Criação de métodos para restrição de danos

Conhecendo os riscos de acidentes, a empresa pode definir ações corretivas e preventivas, instituir uma equipe responsável por esse tipo de trabalho e manter os trabalhadores em segurança.

• Definição dos responsáveis pela execução das ações de segurança

Além da criação de um plano com ações preventivas e corretivas, a APR serve para designar o profissional responsável pela implantação das atividades a se desenvolver em cada unidade.

• Conscientização dos funcionários sobre a sua própria segurança

Isso é feito ao se certificar que todos os empregados apresentam pleno conhecimento do conteúdo da APR e suas consequências na execução do trabalho.

Exemplo de análise preliminar de risco

Vamos criar um exemplo de Análise Preliminar de Risco (APR) para uma atividade comum, como a operação de uma máquina em uma fábrica. Neste exemplo, vamos considerar a operação de uma prensa hidráulica para moldagem de peças de metal. Aqui está um esboço simplificado da APR:

Análise Preliminar de Risco (APR) – Operação de Prensa Hidráulica

1. Identificação da Atividade:
   • Operação da prensa hidráulica para moldagem de peças de metal.
   • Local: Fábrica XYZ.
2. Identificação dos Perigos:
   • Esforço mecânico: Possibilidade de prensagem de dedos ou membros durante o ciclo de operação da prensa.
   • Queda de objetos: Risco de queda de peças ou ferramentas durante o carregamento ou descarregamento da prensa.
   • Esmagamento: Potencial para esmagamento de partes do corpo entre a peça de trabalho e as partes móveis da máquina.
   • Choque elétrico: Risco de choque elétrico ao operar a prensa hidráulica.
3. Avaliação dos Riscos:
   • Esforço mecânico: Alto risco devido à natureza das partes móveis da máquina e à força exercida pela prensa.
   • Queda de objetos: Médio risco, requer atenção durante o manuseio de peças e ferramentas.
   • Esmagamento: Alto risco, especialmente durante a configuração da máquina e o ajuste de peças.
   • Choque elétrico: Baixo risco, desde que a manutenção elétrica seja realizada conforme procedimentos seguros.
4. Medidas de Controle:
   • Esforço mecânico: Uso obrigatório de dispositivos de segurança, como grades de proteção e botões de emergência.
   • Queda de objetos: Área de trabalho limpa e organizada, uso de dispositivos de retenção de peças e ferramentas.
   • Esmagamento: Treinamento adequado dos operadores, proibição de operações manuais enquanto a máquina estiver em funcionamento.
   • Choque elétrico: Manutenção preventiva regular por técnicos qualificados, isolamento seguro de áreas energizadas.
5. Responsabilidades:
   • Gerente de Produção: Responsável pela implementação e monitoramento das medidas de controle.
   • Supervisores: Responsáveis por garantir que os operadores sejam treinados e cumpram os procedimentos de segurança.
   • Operadores: Responsáveis por seguir os procedimentos de segurança e relatar quaisquer preocupações ou incidentes.
6. Procedimentos de Emergência:
   • Em caso de acidente, os operadores devem pressionar imediatamente o botão de emergência e notificar o supervisor.
   • Os primeiros socorros devem ser administrados conforme necessário, e a área deve ser isolada até que seja seguro retomar as operações.
7. Data e Assinaturas:
   • Esta APR foi elaborada em [data] por [nome do responsável], revisada em [data de revisão] por [nome do revisor] e aprovada por [nome do aprovador].

Este é apenas um exemplo simplificado de uma APR para a operação de uma prensa hidráulica em uma fábrica. Em um ambiente real, a APR seria mais detalhada e adaptada às condições específicas da empresa e da máquina em questão.

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Conclusão

Em geral, os gestores não imaginam quais os futuros problemas e riscos que podem acontecer em determinado local, equipamento, ou a um determinado colaborador.

Por isso, atualmente a análise preliminar de riscos é importante para identificar os riscos das atividades presentes no local de trabalho. Afinal, a segurança e a integridade dos colaboradores deve ser uma das prioridades da empresa.

Além disso, muitas vezes, além dos perigos mais óbvios que o ambiente de trabalho apresenta, podemos encontrar perigos que passam despercebidos e que só se tornam conhecidos depois que os acidentes acontecem.

A análise preliminar de riscos é importante sobretudo para mapear até os perigos mais escondidos, além disso, coloca em evidência aqueles perigos comuns e que são ignorados, como, um piso molhado sem nenhum tipo de aviso ou uma escada sem corrimão.

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