É dever do empregador proteger e informar seus colaboradores sobre as questões de saúde e segurança que o afetam, bem como as informar sobre o risco de acidente no ambiente de trabalho.
A segurança dos funcionários é talvez uma das coisas mais importantes em que as organizações deveriam se concentrar, pois no final das contas, são as pessoas que dirigem as operações e o sucesso de uma empresa.
Dito isto, o risco de acidente no trabalho são frequentemente uma parte inevitável do dia a dia, e o máximo que os empregadores podem fazer é obedecer as Normas Regulamentadoras na avaliação e mitigação de riscos e estabelecer medidas para ajudar os trabalhadores a relatar acidentes e obter a ajuda de que necessitam.
Além disso, os colaboradores devem ser treinados para reconhecer os perigos e relatá-los à pessoa apropriada para que o perigo possa ser corrigido o mais rápido possível.
Por exemplo, qualquer acidente, incidente, acidente ou outro evento relacionado a ferimentos no local de trabalho deve ser investigado.
Sempre que possível, a investigação deve ser realizada imediatamente por uma equipe que inclua tanto a gerência como os funcionários envolvidos.
O objetivo das investigações é identificar a causa do acidente e corrigir quaisquer perigos ou outros problemas encontrados, tais como má comunicação.
Os supervisores e gerentes também devem ser treinados para reconhecer e corrigir comportamentos inseguros que podem levar a ferimentos, incluindo a pressa, frustração e fadiga dos trabalhadores.
O que é risco de acidente no trabalho?

A princípio, risco de acidentes são todos os fatores que colocam em perigo o trabalhador ou afetam sua integridade física ou moral.
No sentido mais amplo, o risco está associado à probabilidade de ocorrência de um acidente e a intensidade dos danos ou perdas causados por essa ocorrência. Ou seja, é a possibilidade de acontecer algo.
Nesse sentido, eles podem ser muito diversificados e presentes no:
- arranjo físico inadequado,
- pisos pouco resistentes ou irregulares, material ou matéria-prima fora de especificação,
- utilização de máquinas e equipamentos sem proteção,
- ferramentas impróprias ou defeituosas,
- iluminação excessiva ou insuficiente,
- instalações elétricas defeituosas,
- probabilidade de incêndio ou explosão,
- armazenamento inadequado,
- animais peçonhentos e
- outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.
Diferença prática entre risco e perigo no ambiente de trabalho
Perigo e risco são dois termos aparentemente semelhantes, mas que possuem significados diferentes. Sendo assim, nem sempre um perigo é um risco.
Além disso, existem várias definições para perigo no ambiente de trabalho. A mais simples e objetiva é: perigo é tudo aquilo que tem potencial de causar uma perda ou fatalidade.
Nesse sentido, um perigo somente representará um risco quando houver exposição de um funcionário a uma fonte geradora.
Por exemplo, o perigo no ambiente de trabalho pode ser diferenciado por:
- Ambientes de trabalho: locais de trabalho muito quentes, frias, empoeiradas, sujas, ruidosas ou escuras, com presença de gases tóxicos, vapores, fumos e etc.
- Equipamentos: partes móveis de equipamentos sem dispositivos de proteção e em condições ruins de uso.
- Materiais: substâncias perigosas/tóxicas como, solventes, ácidos, gases, material particulado sólido, entre outros.
- Sistema de trabalho: fatores relacionados aos sistemas de trabalho: conteúdo e organização do trabalho, gerenciamento ou cultura organizacional.
- Trabalhadores: insuficiência ou falta de capacitação, inexistência de políticas de segurança, fadiga, uso de entorpecentes e álcool, pressão no ambiente de trabalho, assédio moral, carga excessiva de trabalho e etc.
A definição de risco é a probabilidade de algo acontecer em um determinado evento ou local potencialmente perigoso, gerando consequências aos envolvidos. Ou seja, é quando a pessoa é exposta ao perigo.
O nível de risco é estipulado pela combinação da severidade dos possíveis danos e da probabilidade ou chance de sua ocorrência.
A NR9 classifica os riscos em 5 tipos, sendo eles: riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentais.
Quais são os fatores de risco de acidente no ambiente de trabalho?

Os fatores de risco de acidentes colocam o trabalhador em uma situação vulnerável e que afetem sua integridade e bem-estar físico e psíquico.
Por exemplo, máquinas e equipamentos sem as devidas proteções, ferramentas inapropriadas ou com defeito, falta de iluminação adequada, problemas com a eletricidade, probabilidades de incêndios ou explosões, entre outros.
Manter o local de trabalho seguro e livre de acidentes e ferimentos graves para todos os funcionários começa com a identificação e avaliação dos riscos.
Antes de começar a controlar os riscos, é preciso saber quais são e como interagem com as operações do dia a dia.
Só então você pode começar a trabalhar em maneiras de reduzir, mitigar e eliminar os riscos o máximo possível para tornar o local de trabalho mais seguro para todos.
Tipos de riscos presentes no ambiente de trabalho

São considerados como riscos geradores de acidentes:
Arranjo físico deficiente:
- prédios com área insuficiente;
- localização imprópria de máquinas e equipamentos;
- má arrumação e limpeza;
- sinalização incorreta ou inexistente;
- pisos desnivelados, obstruídos e/ou irregulares.
Máquinas e equipamentos sem proteção:
- Máquinas obsoletas;
- máquinas sem proteção em pontos de transmissão e de operação;
- comando de liga/desliga fora do alcance do operador;
- máquinas e equipamentos com defeitos ou inadequados;
- não fornecimento de EPI ou EPI inadequado e/ou vencido.
Ferramentas inadequadas ou defeituosas:
- Ferramentas usadas de forma incorreta;
- falta de fornecimento de ferramentas adequadas;
- falta de manutenção.
Eletricidade:
- Instalação elétrica imprópria, com defeito ou exposta;
- fios desencapados;
- falta de aterramento elétrico;
- falta de manutenção.
Incêndio ou explosão:
- Armazenamento inadequado de inflamáveis e/ou gases;
- manipulação e transporte inadequado de produtos inflamáveis e perigosos;
- sobrecarga em rede elétrica;
- falta de sinalização;
- falta de equipamentos de combate ou equipamentos defeituosos.
Importância da avaliação do risco de acidente no trabalho
As medidas de controle de risco são uma ferramenta crucial para ajudar na prevenção de acidentes ou ferimentos no local de trabalho.
Por isso, elas devem fazer parte do plano mais amplo de saúde e segurança da empresa, fornecendo um método para identificar, controlar e reduzir os riscos presentes no local de trabalho.
Ao serem utilizadas como parte de um plano abrangente de saúde e segurança ocupacional, a avaliação de risco e as medidas de controle fornecem uma série de benefícios ao seu local de trabalho.
- Identificação de empregados em situação de risco – Saber quem está em maior risco e a que fatores de risco estão expostos significa que um plano para mitigar ou eliminar esses riscos pode ser desenvolvido.
- Consciência dos fatores que não podem ser eliminados – Pode ser possível eliminar completamente alguns dos fatores de risco, entretanto, alguns fatores estarão sempre presentes e só podem ser reduzidos. A conscientização desses fatores significa que os expostos sabem o que procurar e compreender a importância de quaisquer métodos de mitigação.
- Determinações de eficiência dos métodos de controle – A reavaliação contínua dos riscos permite determinar se os métodos de controle aplicados foram eficazes para reduzir ou eliminar os riscos ou se eles devem ser reavaliados.
- Prevenir ou reduzir os casos de acidentes ou ferimentos – Quando implementados como parte do projeto original do local de trabalho e de seus planos de saúde e segurança, as medidas de controle e avaliações de risco reduzirão ou eliminarão o número de acidentes ou lesões.
- Cumprir as obrigações legais – Dependendo da jurisdição e do tipo de negócio e local de trabalho, pode haver obrigações legais que exijam a identificação de riscos e a implementação de medidas de controle em conformidade. O não cumprimento pode resultar em multas.
Observância das Normas Regulamentadoras para reduzir o risco de acidente

Segundo a LEI 8.213, no artigo 19, um acidente trabalho “ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho“.
As Normas Regulamentadoras são orientações que exigem o mínimo de requisitos para garantir a saúde e proteção do funcionário, colaborando para a redução de acidentes e preservação da integridade física do trabalhador.
No Brasil existem 37 Normas Regulamentadoras, todas demandadas pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Algumas dessas normas são abrangentes e se aplicam de forma geral, já outras são específicas para determinados setores.
Abaixo, apresentaremos algumas importantes Normas Regulamentadoras relacionadas à segurança do trabalho:
O objetivo principal da CIPA é a prevenção de acidentes e doenças decorrentes da vida e a promoção da saúde do trabalhador, observando de forma contínua as condições de trabalho em todos os ambientes de uma empresa.
É a Norma Regulamentadora que estabelece as medidas que devem ser tomadas em relação à aquisição, à distribuição e à utilização de Equipamentos de Proteção Individual nas empresas.
Visa regulamentar todos os serviços que envolvam eletricidade, seus riscos e danos. Garantindo a saúde e segurança dos profissionais envolvidos direta ou indiretamente em situações que envolvam eletricidade.
Define os parâmetros técnicos e normas a serem seguidas para a proteção no uso de máquinas e equipamentos. Ou seja, define as condições necessárias e, o mais importante, pode prevenir acidentes e doenças no uso de máquinas.
O principal objetivo da norma é identificar situações de periculosidade existentes nas empresas, especialmente nas indústrias que lidam diariamente com diversos tipos de risco aos trabalhadores.
Espaço confinado é qualquer área ou local não projetado para ocupação humana de forma contínua, o qual tenha meios limitados de entrada e saída e ventilação insuficiente para remover contaminantes, bem como onde possa existir deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
Para evitar ou mitigar os riscos de acidentes nessas áreas, a NR-33 recomenda algumas medidas de segurança que incluem: uso de equipamentos de proteção, entrada em espaços confinados apenas de pessoas autorizadas e treinadas, monitoramento da atmosfera antes e durante os trabalhos, além de cadastramento atualizado de todas as áreas confinadas e seus respectivos riscos para o trabalhador.
estabelece os requisitos mínimos de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução.
Tipos de análise de risco de acidente

Análise qualitativa
A análise qualitativa de risco é usada para classificar um risco por meio de termos (palavras) que procurem mensurar a intensidade das consequências de um determinado risco com as probabilidades dos mesmos ocorrerem.
O principal objetivo da análise qualitativa é possibilitar classificar todos os riscos do projeto mediante levantamento de probabilidade de ocorrência e impacto destes riscos, de forma a viabilizar a priorização individualizada ou de grupos afins destes em função dos objetivos do projeto.
Nesse sentido, um risco pode ser classificado por:
- Insignificante;
- Menor;
- Moderado;
- Maior;
- Catastrófico.
Análise quantitativa
Uma análise quantitativa de riscos tem como objetivo levantar dados numéricos dos riscos envolvidos em um projeto.
Com isso, a empresa terá um domínio maior das variáveis envolvidas no processo, ganhando mais controle sobre os riscos laborais.
Os elementos componentes do risco são a possibilidade de um evento indesejável ocorrer (expressa como uma frequência ou probabilidade) e a probabilidade deste evento ter consequências específicas ou consequências prováveis.
Como fazer a análise do risco de acidente na empresa?
Identificação dos fatores de risco de acidente presentes na empresa
A melhor forma de identificar os fatores de risco de acidente presentes na empresa é através de um mapa de risco.
Afinal, um mapa de risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores.
A análise de riscos é, assim, um estudo técnico que visa identificar os perigos presentes em determinado local ou atividade. Também é possível apontar formas de se proteger deles, evitá-los ou minorá-los.
Avaliação do grau de risco de cada tarefa
Uma vez que os riscos são identificados eles devem ser avaliados, afinal qual é a consequência daquele risco?
Isso é feito através da estimativa do risco (qualitativa ou quantitativa) dos riscos identificados, valorando de forma conjunta a probabilidade da sua emergência – ou e estimativa da sua frequência – e as consequências da materialização do perigo – ou seja a gravidade.
O que fazer para reduzir o risco de acidente na empresa?

Implementação de medidas que visem atenuar o risco de acidente
A base para um ambiente de trabalho seguro é um programa eficaz de prevenção de acidentes e de bem-estar. O programa precisa cobrir todos os níveis de segurança e saúde dos funcionários com o incentivo de relatar práticas ou comportamentos perigosos.
Algumas medidas que podem atenuar o risco de acidentes são:
- Desenvolver uma rotina de manutenções das máquinas e equipamentos: A falta de manutenção preventiva aumenta muito o risco de acidentes, já que o trabalhador, ao tentar resolver o problema, pode se expor a situações que comprometem sua integridade física.
- Isolar os riscos do chão de fábrica e sinalizá-los bem: Qualquer linha de produção é repleta de riscos inerentes às atividades industriais – esses riscos podem ser físicos, químicos ou elétricos. Por isso, é fundamental identificar os riscos e isolá-los.
Fiscalização do exercício da atividade dos trabalhadores
É de extrema importância que as empresas criem uma cultura de segurança dentro de seus ambientes, para que todos fiquem cientes dos riscos, evitando assim acidentes e doenças e fazendo de seu trabalho algo seguro e proveitoso.
Para isso, é fundamental que os empregadores fiscalizem e monitorem as atividades dos trabalhadores.
Desse modo, sempre que algo estiver errado, como por exemplo, um trabalhador sem o EPI, o empregador rapidamente poderá corrigir a situação e orientar para que não ocorra novamente.
Treinamento adequado aos trabalhadores
A empresa deve cultivar continuamente um padrão de segurança entre os funcionários e a gerência. Para isso, é importante treinar os funcionários sobre a importância de seguir as medidas de segurança.
Além disso, o treinamento suplementar em mecânica corporal pode reduzir lesões por esforço e manter os funcionários seguros durante a realização de um movimento.
Nesse sentido, a maioria dos acidentes acontecem quando os funcionários pulam etapas para concluir um trabalho antes do prazo. Certifique-se de que todas as instruções sejam claras e organizadas para evitar contratempos indevidos no local de trabalho.
Fornecimento de EPI’s adequados
O equipamento de proteção pessoal é essencial e deve ser aplicado nas contratações, reuniões e com monitoramento das atividades.
Além disso, é importante ensinar aos funcionários como usar adequadamente cada um dos EPIs fornecidos. Desde os óculos de proteção, protetores faciais, luvas, capacetes, sapatos de segurança e tampões para os ouvidos ou abafadores.
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Conclusão
Como parte da gestão da saúde e segurança de sua empresa, você deve controlar o risco de acidente em seu local de trabalho.
Para fazer isso, você precisa pensar no que pode causar danos aos colaboradores e decidir se está tomando as medidas necessárias para evitar esses danos.
Um dos aspectos mais importantes de sua avaliação de risco é a identificação precisa dos perigos potenciais em seu local de trabalho.
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